O silêncio não é resposta (que se dê)
Depois daquele que seria o dia da nossa despedida escrevi-te por quatro vezes mas com silêncio me respondeste.
A tua resposta foi a que não queria porque nada disse mas tudo podia dizer.
Quando te voltei a escrever, dizendo-te o quanto queria voltar a ver-te, e pedindo-te que me respondesses, mais uma vez continuei sem saber o que pensavas.
Esse teu silêncio podia querer dizer tanta coisa...
Que não gostavas de mim, que te esquecesse ou, então, aquilo que não podias dizer.
Fui ter contigo para saber.
Quando te perguntei a razão de nunca me teres respondido disseste-me apenas que o silêncio é também uma resposta.
Então, pelo teu sorriso e pelo brilho no teu olhar senti que sendo de outro a tua mão não o era o coração.
A alegria no momento foi imensa, mas a dor posterior quase impossível de suportar.
O nada que disseste tudo podia dizer.