Ando em luta comigo mesmo e só me apetece dizer-te o quanto te amo! A pouca esperança que tinha de um dia poder partilhar a vida contigo está agora feita em cacos e ando a sentir-me devastado. Contudo, quando recordo aqueles momentos em que estivémos mais próximos, essa esperança ressurge e não consigo eliminá-la de vez.
Não te conheço assim tanto e por vezes pergunto-me se nos iríamos dar bem. Por outro lado, talvez eu não seja um bom partido para ti. Talvez não consiga amar-te como deveria e como tu merecerias. O certo é que, apesar destas interrogações, todo o meu ser nada mais anseia que não seja encontrar-te e estar contigo. Gostava de falar contigo frente a frente, sem reservas. De saber o que verdadeiramente sentes. Gostava de mostrar-te as minhas qualidades e defeitos para que, se me aceitasses, não mais aceitasses que não eu. Gostava de te esperar nem que seja até seres velhinha. Gostava de saber se, como eu, também ficas contente quando estou presente. Se também não descanças enquanto não souberes que já cheguei. Se também te sentes desolada quando constatas que não estou.
Se souber que gostas de mim, esperar-te-ei o tempo que for preciso. Dá-me um sinal, e essa espera será a mais feliz das minhas contrariedades. Se não sentes nada disto, gostava que mo desses a entender. Para que eu consiga extinguir este fogo definitivamente. Para ter apenas essa dor para suportar e deixar de ter a dúvida que me está a enlouquecer.