Ditoso o homem que é amado por uma mulher como tu! Que tem prazer em dar prazer, mais até que em receber. Mas saber o quão tu gostas das mais íntimas funções faz-me gostar ainda mais dessas movimentações. E se o que dá mais contentamento é o prazer que entregamos, não será também amor aquilo de que falamos? E é nestas reflexões que me ponho a imaginar o que poderemos fazer quando eu aí chegar...
Agarrar-te por detrás e palpar a pele macia das tuas nádegas. Cingir-te a cintura e afagar o teu umbigo. Livrarmo-nos do que resta de tecido. Encher as minhas mãos com os teus seios, que nesta postura são suspensos e tão duros que farão prolongar meus devaneios. Sentir os teus mamilos nas palmas das minhas mãos e fazê-los deslizar até às pontas dos meus dedos. Beijar a tua nuca e deslumbrar-me com as tuas formas, enquanto o membro, mais rijo que um madeiro, só pensa em se deitar no leito que já lhe abriste, atestado p'lo meu tato, que, entretanto, consentiste.
E quando constatar que não queres mais esperar, metê-lo todo, devagar, segurando as tuas ancas, que vão servir de alavancas para te puxar ciclicamente de encontro ao meu ventre. E nestes movimentos, para trás e para a frente, recuando o mais possível, p'ra ter mais por onde entrar, demoraremos a gozar. Prestes a explodir, e louca de desejo, voltas-te para mim, para te dares como uma puta, de pudores devoluta, gemendo por mais vigor, misturando prazer com dor. E, sem mais me aguentar, martelar sofregamente até te vires intensamente e o cabo rebentar.
Olharei depois para ti, para a beleza do teu rosto, deliciando-me com os teus olhos, inebriando-me com o teu cheiro, contemplando a perfeição de tão bela criação, que aos Céus agradeço sabendo que não mereço.